Passeio pela Royal Mile

Edimburgo, capital da Escócia. A menção ao país certamente traz ao imaginário imagens como gaitas de fole e homens de saia, como eu conto neste post aqui. Justificável. A capital escocesa certamente possui isso, mas possui muito mais para o viajante que por lá se aventure. E uma das ruas essenciais para ter um gosto de Edimburgo, senão a mais importante delas, é a Royal Mile, que traduzida ao pé da letra soa tão bonita quanto no original: a Milha Real.

Royal Mile

A Royal Mile é uma avenida que mede aproximadamente 1 milha escocesa e em cujos extremos estão o Castelo de Edimburgo e o Palácio de Holyroodhouse. A tal milha escocesa é uma medida já em desuso e pode ser traduzida como aproximadamente 1.800 metros. 🙂

A Milha Real engloba outras ruas: caminhando por ela, você vê os nomes mudarem: Castlehill, Lawnmarket, High Street e assim por diante. Mas vira e mexe vai ter uma plaquinha lá com o onipotente “ROYAL MILE” para sinalizar que, não obstante o nome vá mudando no percurso, todos estes nomes de rua fazem parte da milha real.

Fora toda a pompa, a Royal Mile é essencial em uma viagem por Edimburgo. Cortando o centro histórico da cidade, um passeio calmo pela avenida já dá um belo panorama da arquitetura dark da cidade, com suas paredes como que sobreviventes de um incêndio. A coloração dos tijolos de algumas igrejas e monumentos parecem de um tijolo queimado, com marcas escuras deixadas pelo tempo e que dão um ar único à cidade.

Castelo de Edimburgo, no topo da Castle Rock
Castelo de Edimburgo, no topo da Castle Rock

O passeio histórico pela Royal Mile começa pelo Castelo de Edimburgo, supondo que você comece sua caminhada no extremo mais alto da milha. O complexo no topo da Castle Rock é uma das visões mais icônicas de Edimburgo. A visão do pátio exterior do Castelo para a cidade e para as montanhas no horizonte também é hiper bacana.

Castelo de Edimburgo
Castelo de Edimburgo

Descendo a Royal Mile, pertinho do Castelo, está a Tartan Weaving Mill. Lá você vai encontrar tudo relacionado a Kilt, a famosa saia escocesa, além de souvenires diversos.

Ainda naquele quadrante há outras atrações: o Scotish Whisky Experience, um passeio que conta a história do whisky escocês, com uma pequena degustação; a Camera Obscura, atração que trabalha com diversas ilusões de ótica.

Camera Obscura Edimburgo

Continuando sua caminhada, entre nas lojinhas, fuce, sinta a cidade! Aqui vale um destaque para uma loja bacana chamada Taste of Scotland (há duas unidades ao longo da Royal Mile) que deixa docinhos lá para você degustar de graça, muitos deliciosos (pensa na minha felicidade!). Na minha cara de pau eu fui nas duas unidades e peguei um punhadinho de doces em cada. 😛

Vale muito a pena, na sua caminhada, explorar os vários “Closes” ao longo da milha, bequinhos que aparecem ao longo da avenida principal e desembocam em outros lugares.

Advocates Close, um dos vários becos ao longo da Royal Mile
Advocates Close, um dos vários becos ao longo da Royal Mile

Na sua caminhada você esbarrará com duas estátuas de ilustres escoceses: David Hume e Adam Smith. Este, notável economista; aquele, filósofo e historiador.

Estátua de David Hume e, ao fundo, a Igreja de St Giles
Estátua de David Hume e, ao fundo, a Igreja de St Giles

No seu caminho, você encontrará também a Igreja de St Giles. Aproveite para entrar nesta catedral e admirar seu interior. A entrada é gratuita e fotos só são permitidas mediante o pagamento de taxa.

Conforme você vai se aproximando à parte baixa e final da Royal Mile, o fluxo de pessoas vai diminuindo, acompanhando a diminuição de lojas. Ao final da Royal Mile, estará o Palácio de Holyroodhouse, fundado como mosteiro em 1.128 e, posteriormente, residência de reis e rainhas da Escócia.

Palácio de Hollyroodhouse
Palácio de Hollyroodhouse

Isto é apenas um pouco do que você vai encontrar ao longo da Royal Mile. Separe um bom tempo para caminhar com calma pela Milha Real. Descubra os restaurantes, explore os becos e as lojinhas e descubra, inclusive, aquilo que me passou batido. Há tanta história impregnada naquela milha escocesa que seria tolice minha tentar esmiuçar tudo isso em um simples post.

Sou servidor público, paulistano e fã de Beatles. Viajar me dá motivos para escrever e escrever me dá desculpas para viajar. Tenho um calendário em casa e um na mesa do trabalho, no qual planejo feriados, férias e viagens.

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