Os Cânions do Xingó constituem uma das atrações mais icônicas do Estado de Sergipe. Localizados no lendário Rio São Francisco, os cânions formam uma bela paisagem natural, a qual teve influência humana em sua formação em virtude da construção da Usina Hidrelétrica do Xingó.
Resolvemos conhecer os Cânions do Xingó na nossa viagem a Aracaju. Importante dizer: os cânions ficam perto da divisa com o Estado de Alagoas, uma viagem de carro de mais de três horas, partindo de Aracaju. Contratamos o passeio por meio de uma agência turística, para sair de manhãzinha e voltar de tarde.
Após o catamarã navegar as águas do São Francisco e chegar bem próximo dos cânions, descemos num deck bem montado e organizado, para pegar os barquinhos que vão nos levar para perto e para dentro dos Cânions do Xingó.
Espetacular!
Muitos lugares dizem que é impressionante que os Cânions do Xingó não sejam uma atração mais conhecida e mais divulgada, dada a sua beleza.
Em alguns lugares li que os cânions seriam melhor aproveitados se hospedando no destino, evitando fazer essa viagem no estilo bate e volta, para ir e voltar no mesmo dia. Depois de fazer o passeio na prática, venho dizer que os avisos estavam corretos: não vale a pena.
Não me entenda mal: os Cânions do Xingó são lindos, como eu disse e como as fotos demonstram. Uma atração muito bacana e que merece ser conhecida, mediante pernoite no destino. Aqui é que está o detalhe, é melhor ir e conhecer tendo tempo disponível para fazer o passeio com calma.
Duas cidades servem a este fim de pernoite: Canindé do São Francisco, no Sergipe, ou Piranhas, em Alagoas. As estradas de Sergipe rumo a Canindé são todas asfaltadas e no caminho você passa por cidades super humildes, conforme vai para o interior do Estado, em um contato com o Nordeste muito mais real: além das belas praias e hotéis beira mar.
O passeio de ida e volta no mesmo dia, caso você opte por fazê-lo, é extremamente cansativo. No nosso caso ainda pegamos trânsito pesado, de forma que não valeu a pena. Saímos 7 horas da manhã do hotel, para chegar ao destino por volta de 11:30. No caminho, uma parada em uma loja de cachaças e, mal gosto, a demonstração do lugar onde um ator se afogou nadando.
Pegamos o catamarã, conhecemos os cânions e retornamos de catamarã para almoçar no único restaurante que há por ali, o Karrancas: comida relativamente cara e, sinceramente, com qualidade descolada do preço. Na volta, o trânsito foi tal que demoramos umas cinco horas para chegar ao hotel.
Se você passa mais tempo na estrada do que no destino, não vale a pena fazer o bate e volta. Mesmo que não tivéssemos pegado trânsito, ainda assim eu não conseguiria recomendar esse passeio para bate e volta. Os cânions são lindos, sim, mas opte por visitá-los se tiver tempo para pernoitar próximo a eles. O passeio será menos cansativo e melhor aproveitado. 😉