Quando eu comecei a andar por Roma, atravessando os vários cruzamentos da Via Cavour, eu tinha uma imagem formada na cabeça sobre o trânsito romano que remontava a “caos e loucura”, algo semelhante a São Paulo. Assim, caminhando, instintivamente eu comparava a imagem projetada com a imagem real.
Roma imaginada vs Roma Projetada
À primeira vista, tudo parecia ok. Só que algumas caminhadas a mais me situaram melhor no trânsito romano.
Diferentemente de Londres, onde basta que você coloque o pé na faixa de pedestres para os carros pararem, em Roma é algo mais como você se intercalar com os carros. Você está atravessando? Ok, o carro não parará, ele apenas reduzirá o suficiente para que você possa passar.
Depois de ver o pessoal fazendo, você se acostuma e já está se jogando na frente dos carros e vespas. Não espere eles pararem, vá e eles reduzirão a velocidade ou, pelo menos, torça para que eles reduzam. Presenciei, ainda, alguns semáforos vermelhos sendo ignorados pelos motoristas romanos, dentro do esperado.
Mas o que mais me chamou a atenção foram as vielas.
As Vielas Romanas
Roma é cheia de vielas e ruas de paralelepípedo bem estreitas. Em muitas, eu julgava que não passassem carros, mas eu descobri (na prática) que eles passam, sim. E não passam devagarzinho, pelo contrário. Tenho que admitir que os motoristas romanos são muito bons. Não é fácil dirigir naquelas bandas.
Em algumas dessas ruas estreitas, havia uma linha sinalizando um espaço irrisório para os pedestres. Dava vontade de rir de olhar aquilo.
O pior foi conversar com uma amiga que eu fiz nessa viagem e ela me dizer que o trânsito romano era tranquilíssimo quando comparado ao de Nápoles. Segundo ela, pelas ruelas napolitanas, as motos passam batendo o retrovisor em você.
Bem, aí eu vou ter que ir pra Nápoles pra saber se é verdade.
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