Bons museus normalmente entram naquela gama de atrações do tipo “tenho que ver” em destinos variados ao longo do Brasil e do mundo, principalmente em grandes cidades como São Paulo. O MASP é um dos indefectíveis símbolos de Sampa, tanto por sua arquitetura e seu famoso vão livre, pensado como um espaço para uso da população, quanto pelas suas obras, de grande relevância e representatividade não só da arte brasileira como da arte mundial.
O que é complicado quando visitamos um museu? Basicamente, saber o que ver. Há uma porção de obras e muitas vezes não temos tanto tempo disponível visitar e apreciar tudo com a devida calma. O acervo do MASP é bem variado. Você encontrará obras de artistas brasileiros, arte asiática e grandes expoentes da arte europeia, por exemplo.
O MASP é grandioso, mas não é um complexo tão gigantesco que vá tomar uma tarde inteira do visitante. Melhor ainda se a visita for focada, não? Se tiver tempo, dê uma passeada com a devida calma lá dentro. Caso contrário, que tal focar em algumas obras?
O Guerreiro Chinês
O Guerreiro Chinês é uma das esculturas de que eu mais gosto no MASP. A obra foi feita na China, durante a Dinastia Tang, entre os anos de 618 e 907 D.C. Na verdade, é um par de guerreiros, de costas um para o outro e em lados opostos da sala. Olhe na foto, no vão do braço do Guerreiro em destaque, para perceber o outro lá no fundo.
Passeio ao Crepúsculo, de Van Gogh
Van Gogh foi um pintor holandês e um dos grandes expoentes do pós-impressionismo. Há várias obras de Van Gogh no MASP, mas uma das que eu mais gosto é o Passeio ao Crepúsculo. A obra data de 1889/1890 e é um quadro pequeno: 49,5 por 45,5 cm. Dá pra perceber bem os movimentos e o volume das pinceladas no quadro e o efeito que isto dá na obra como um todo.
Menina com as Espigas, de Renoir
Renoir foi um dos grandes mestres do estilo impressionista. E o que seria impressionismo? De modo básico, foi um movimento artístico surgido na França em que as pinturas são muito mais sugeridas. Não há preocupação extrema com contornos e representações fidedignas. As pinceladas são mais soltas para tentar traduzir melhor em tela nuances de luz e movimento.
Esta obra de Renoir é uma das que mais me intriga no acervo do MASP. É o tipo de coisa que não dá bem para explicar. Como a arte é muitas vezes definida como a manifestação do belo, acho que motivações não são necessárias. É uma belíssima obra, mesmo embora eu não consiga explicar bem em palavras o porquê. Uma das minhas favoritas, senão minha favorita, no museu.
A Eterna Primavera, de Rodin
O escultor francês Auguste Rodin é considerado por muitos um dos pais da escultura moderna. Esta reprodução em bronze da Eterna Primavera, de 1897, é uma obra que dá oportunidade de ter contato com o trabalho de um dos escultores mais famosos do mundo.
A Ponte Japonesa sobre a Lagoa das Ninféias em Giverny, de Monet
Bem, eu disse que no impressionismo as imagens são sugeridas, não há tanta preocupação com os contornos. Acho que esta pintura é o exemplo perfeito e até extremo disso. A priori não dá pra enxergar muita coisa. Parece uma baita forçação de barra dizer que é uma ponte sobre uma lagoa. Mas o interessante é que no museu, podendo observar a obra de distâncias variadas, a imagem fica um pouco mais clara: quanto mais distante da obra, melhor você consegue perceber as formas. Tenta e me conta depois se melhorou a percepção ou não. 😛
Cachoeira de Paulo Afonso, de E.F. Schute
Schute foi um pintor que trabalhou no Brasil durante o século 19. Sua trajetória e origem não são muito conhecidos e este quadro é um dos raros do pintor em coleções públicas. Gosto da grandiosidade e força da natureza retratadas na pintura. Os personagens pequeninos diante de tamanha força causam um efeito legal no quadro.
O Lavrador de Café, de Candido Portinari
É a minha pintura brasileira favorita do acervo! A obra é de 1934, feita em óleo sobre tela, e mede 1 metro de altura por 80 cm de largura. É uma das obras mais importantes da carreira de Portinari e da arte brasileira como um todo. O trabalhador negro fica em primeiro plano, com a enxada, e ao fundo vemos as plantações da fazenda de café; próximo a ele, um toco de uma árvore decepada, alusão ao desmatamento causado pela cultura cafeeira; e, mais atrás, o trem, meio utilizado em inícios do século XX para transportar os grãos de café para o porto de Santos, de onde seriam posteriormente exportados. Obra imperdível em uma visita ao MASP!
Fica aí um roteiro básico para visitar um dos museus mais importantes de São Paulo e do mundo. O MASP sempre apresenta exposições temporárias, então sempre vale dar uma olhada no que está rolando por lá na data da sua visita. Vá e depois nos conte aqui o que você achou do MASP! 😉
Todos os caminhos levam a:
Museu de Arte de São Paulo
Onde: Avenida Paulista, 1578
Quando:Terça a domingo: 10h às 18h (bilheteria aberta até 17h30) / Quinta-feira: 10h às 20h (bilheteria até 19h30). FECHADO às segundas. Sempre confirme os horários aqui
Quanto: o ingresso custa R$ 30,00 (R$ 15,00 a meia-entrada, preços em 2017). Confirme os preços atualizados no site oficial do museu, aqui. Dica mão-de-vaca: às terças-feiras, a entrada é gratuita!
Site oficial: http://masp.art.br/masp2010/index.php
4 pensamentos em “O que ver numa visita ao MASP – Museu de Arte de São Paulo”
Valeu pelas dicas, também farei minha primeira visita no MASP e estou curioso sobre o que encontrarei lá!
Show de bola Alan! Muito obrigado por comentar no blog!
Valeu dicas Alex! Já sei o priorizar na minha 1a ida ao fabuloso Masp! (Demorei, né?)
Fico feliz que tenha gostado! Todos costumamos demorar hahaha mas vale muito a pena! grande abraço!