Não é novidade que paulista gosta de shopping. São 182 espalhados pelo Estado, que possui o maior número de shoppings no Brasil. Entretanto, bem no Centro Histórico, há um shopping bem curioso: o Shopping Light.
Quem trabalha no centro, como eu, certamente conhece o shopping que fica no curioso prédio de estilo eclético, com seus pequenos toldos vermelhos que se destacam por cima das janelas que possuem vista privilegiada para o Vale do Anhangabaú.
E por que Shopping Light?
O prédio que abriga o shopping conta com muita história. O nome oficial do edifício é Alexandre Mackenzie. Em 1889, uma empresa canadense chamada The São Paulo Tramway, Light and Power Company se instalou em um escritório na Rua São Bento, também ali no centro.
A empresa gringa distribuía energia elétrica e não estava pra brincadeira: foi crescendo e ocupando mais escritórios, e em determinado momento ela decidiu centralizar todos esses escritórios em um único prédio. Para tanto, ela adquiriu o Theatro São José e fez uma baita de uma obra, que ficou pronta em 1929.
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Só que não parou por aí
Em 1941 o prédio ainda foi ampliado, chegando a quase 30 mil metros quadrados. Se já chamava atenção quando da sua construção em 1929, agora tínhamos um baita edifício, com localização central e privilegiada, o qual ficou conhecido como Prédio da Light. O nome Alexandre Mackenzie, que batiza o prédio oficialmente, era o nome do diretor da empresa canadense na época da construção.
Posteriormente, o prédio da Light veio a abrigar a Eletropaulo, empresa de distribuição de energia elétrica que foi privatizada.
Em 1999, o prédio passou a abrigar um centro comercial. E assim chegamos ao Shopping Light.
Ramos de Azevedo
Assim como muitos edifícios ali do centro, o Prédio da Light foi construído pelo escritório Ramos de Azevedo, embora tenha sido idealizado por gringos. Basicamente, o prédio tem quase 100 anos de história. Não é pouca coisa.
O edifício é tombado e passam ali pelo Shopping Light mais de 35 mil pessoas por dia (dados de antes da pandemia). O curioso é que, diferente de muitos shoppings, o Light não possui cinema. A casa de máquina dos elevadores, bem como os portões, são originais da década de 20.
E dentro do shopping você vai percebendo essa mistura. Lojas novas e escadas rolantes ao lado de estruturas clássicas com ares centenários.
Balada Eletrônica
A mistura fica ainda mais visível com o Air Rooftop Club: na cobertura do Shopping Light há uma balada, que muitas pessoas desconhecem totalmente. A balada eletrônica conta com área interna e externa, espalhada por 1.500 metros quadrados que acomodam até 1.000 pessoas. E tudo isso com vista para o Vale do Anhangabaú, para o prédio da Prefeitura e para o Theatro Municipal.
É ou não é um shopping único em São Paulo?
Todos os caminhos levam a:
SHOPPING LIGHT
Onde: Rua Coronel Xavier de Toledo, 23. Metrô Anhangabaú.
Conferir horários durante a pandemia. Recomendo a visita quando tivermos dias melhores 😉