Artistas de Rua – Aviator, em Paris

Nos meus dias em Paris eu passei por vários músicos de rua. É algo que eu realmente aprecio e sempre paro para assistir. Aqui em São Paulo, principalmente na região da Avenida Paulista, há vários. Pela Europa, também é muito comum ver uma coisa mais legal do que a outra pelas ruas.

Lembro de estar voltando do Shakespeare Globe, em Londres, e ver uma moça loira embaixo de um viaduto. Não imagine uma imagem típica de uma pobre alma embaixo da ponte, esta não é a cena. A moça, com uma boina e um casaco leve, cantava uma música lírica linda, que eu desconhecia, enquanto a noite repousava sobre Londres.

Outra vez, no metrô de Paris, parei para assistir não um, mas vários músicos tocando no metrô: era praticamente uma orquestra, fiquei abismado. Já vi muitos músicos muito bons por muitos lugares, mas aquela orquestra realmente foi a mais.

Artista desenhando à beira do Rio Sena, na margem oposta à Catedral de Notre Dame
O artista à beira do Sena

Doutra vez, parei para admirar um senhor que pintava quadros à beira do Rio Sena, na margem oposta à Catedral de Notre Dame. O senhor, tal qual a menina de Londres, usava uma boina e trabalhava quase que alheio a tudo ao seu redor.

Entretanto, um dos meus preferidos em Paris foi não um músico ou um pintor, mas um comediante.

Estávamos, minha amiga e eu, na fila para subir ao topo da Catedral de Notre Dame. Esta fila demorada foi o que este senhor escolheu como platéia. A apresentação dele consistia em interagir com os carros e transeuntes na rua. Ele parava o trânsito, imitava as pessoas sem que elas percebesse, interagia em tom de troça. Nada demais, certo?

Mas era hilário.

Aviator Tagh autografando meu diário de viagem
Hahahahahahaha 😛

Bem, adoro esse tipo de humor questionável. O pessoal na fila também. Fato é que aquela hora de espera para subir a catedral ficou muito mais agradável e divertida com a apresentação daquele artista. Quando ele passou pedindo contribuições, disse a ele que era o melhor artista de rua que eu havia visto em Paris. Pedi que assinasse meu diário de viagem, mas não bastasse um simples autógrafo ele fez um rápido rabisco de si próprio em que se auto-intitulou “The Aviator”.

auto retrato do artista, com o óculos de aviador
The Aviator Tagh

Quando você for visitar a Catedral de Notre Dame, se decidir subí-la (e eu recomendo que você suba), é possível que você dê a sorte de ver a performance do Aviator. Entre um crepe e outro, é um modo divertido de esperar para subir os mais de 400 degraus da igreja e ver Paris do alto ao lado das famosas gárgulas de Notre Dame.

Sou servidor público, paulistano e fã de Beatles. Viajar me dá motivos para escrever e escrever me dá desculpas para viajar. Tenho um calendário em casa e um na mesa do trabalho, no qual planejo feriados, férias e viagens.

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